Imagem e realidade: leitura da nova era

“As imagens veiculadas pela mídia chegam até nós como imagens prontas, rápidas, efêmeras e sem tempo para serem digeridas, pensadas. Contrário a isso, temos a arte e, especificamente, a arte contemporânea, que nos exige um tempo maior para apreciação, digestão e compreensão de seus possíveis significados.”

Miguel Luiz Ambrizzi
Blue Tunnel por James Turrell

Vivemos a Era das Imagens através das telas dos celulares, tablets e computadores. A soberania digital revela a importância das imagens ao longo da história, sendo talvez, a produção humana mais importante de todos os tempos; o poder da comunicação dos símbolos e a experiência do expectador através das imagens.

A utilização de imagens não é novidade, desde que o homem se entende como diferente dos outros seres vivos do planeta por sua capacidade de abstração e cognição; nós produzimos arte. Através da história da arte observamos a evolução humana através dos graus de complexidade atingidos nas manifestações artísticas; tanto por seus significados quanto pelas técnicas utilizadas. Começamos rabiscando com materiais rudimentares encontrados na natureza em paredes de cavernas para agora produzirmos complexos materiais audiovisuais feitos de forma totalmente digital que brincam a lógica e desafiam nossos sentidos e noção de realidade.

Nunca foi tão desafiador quanto hoje em dia compreender a arte; extrair informações das diferentes expressões artísticas tem se tornado uma verdadeira jornada ao interior do expectador em busca de significados que dependem cada vez mais do repertório de referências culturais, históricas, estéticas, sociais, filosóficos e etcs, individuals de cada um. A arte por tradição sempre foi uma instigadora de questionamentos da realidade, não só do criador mas como também daquele que observa a criação do artista.

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