Quando eu morrer
Voltarei para buscar os instantes
Que não vivi junto do mar
– MARIA BETHÂNIA
” Tudo é uma evolução constante
O que antes foi, hoje não é mais
O que seria, nunca foi
Sereias que navegam nas águas do tempo, não se afogam nas profundezas do ser
Elas conhecem o segredo da criação
Sabem que tudo nasce, morre e renasce nas águas “
Não é raro encontrar algum rabo de peixe de ponta cabeça com indicações solares de água e felicidade. Por todos os lugares vemos referências da figura mitológica feminina que habita a imaginação da liberdade dos prazeres na água. Sejam as de água doce, posando em rios e cachoeiras, ou as do sal repousadas em suas cangas de praia ou pranchas de surfe.
O misticismo das donzelas meio habitantes das profundezas decora um dos arquétipos femininos mais presente nos dias de hoje; principalmente em áreas do litoral onde a vida praiana é muito mais do que apenas um estilo de vida; mas também uma cultura enraizada que se desenrola todas as suas atividades ao redor do mar e do sol. Como é o caso da cidade em que moro, Búzios.